Ministro sanfoneiro e fiel a Bolsonaro: veja quem é Gilson Machado, preso nesta sexta-feira
Machado é suspeito de tentar emitir um aporte português em nome do tenente-coronel Mauro Cid
Brasília|Do R7

O ex-ministro Gilson Machado — preso nesta sexta-feira (13) por suspeita de tentar ajudar o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenete-coronel Mauro Cid — é um dos aliados mais próximos do ex-presidente.
A operação faz parte de uma investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de Cid de obter cidadania portuguesa para, em seguida, deixar o Brasil.
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O ex-ministro ganhou projeção nacional ao tocar sanfona em eventos oficiais durante sua gestão como ministro do Turismo, além de participar de transmissões ao vivo com Bolsonaro nas redes sociais.
Machado também presidiu a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) e ocupou cargos na estrutura do Ministério do Meio Ambiente.
Nascido em Recife (PE) em 1968, Gilson Machado é produtor rural, empresário, músico e líder de uma banda de forró. Filiado ao PL (Partido Liberal), disputou uma vaga ao Senado em 2022, ficando em segundo lugar. Em 2024, tentou se eleger prefeito de Recife, mas não obteve sucesso.
A operação
Machado foi preso em Recife (PE) nesta sexta-feira (13) pela suposta tentativa de obter um aporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
Além da prisão de Machado, Cid também foi alvo de mandado de busca e apreensão. Inicialmente, havia um mandado de prisão contra ele, mas o pedido foi revogado posteriormente.
Na segunda-feira (9), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de um inquérito para investigar Gilson Machado. Segundo o documento, as investigações indicam que a emissão do aporte teria como objetivo“viabilizar evasão do país [...] com o intuito de se furtar à aplicação da lei penal, diante da proximidade do encerramento da instrução processual”.
A PGR também apontou que, embora o ex-ministro não tenha conseguido efetivar a emissão do aporte, há possibilidade de que ele tente o mesmo em outras embaixadas ou consulados.
Gilson Machado chegou a ser nomeado por Bolsonaro como testemunha de defesa na ação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, mas foi dispensado de depor pela própria defesa.
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